Demorei muito pra falar do Sai né gente? xD Também, um cara como ele requer mais observação por mais tempo, e agora chegou a hora de entender um pouco esse personagem.Mas antes de mais nada, gostaria de dizer à vocês que eu gosto muito de demorar pra trazer um post novo, porque a cada dia mais as coisas que eu consigo tirar do animê vão mais e mais fundo. xD Já que o Memórias num tá aqui pra falar o que já está na cara. Tem coisas óbvias demais que é melhor nem serem ditas, qualquer fã já conhece, mas eu gosto de pegar detalhes e desmembrar eles em um grande mapa! E curte quem gosta de curtir. Agradesço as duas mil visitas diárias, nessa época em que não posto nada. Mas eu sempre agradesço né? xD
Bom, é basicamente sobre isso que vem a discussão do Sai, sobre sentimentos. Todos se lembram de como ele era quando ele surgiu na história. Ele era simplesmente desprovido de qualquer sentimento, como uma máquina humana, usando só seu lado obediente e raciocinante. Foi treinado para não esboçar sentimento algum, para sempre ser leal ao seu comandante, não chorar no campo de batalha, não exitar de medo, enfim, para ser o ninja perfeito segundo os padrões da Anbu Raíz.
Mas ele não foi sempre assim. Quando menor já era o tipo de pessoa que saberia expressar seus sentimentos de maneira paralela. Um desenhista. Muitos desenhistas não sabem se expressar fisicamente, ou por palavras, mas seus desenhos falam por si só. Esse foi o grande diferencial do Sai, embora ele tenha sido treinado para abandonar seus sentimentos ele sempre os manteve bem isolados, escondidos, em forma de desenhos, sua válvula de escape. Aquilo que teria originado sua necessidade de guardar seus sentimentos provavelmente foi seu irmão. Por serem irmãos muito unidos, e separados muito cedo, Sai desenvolveu essa válvula de escape para expressar seus sentimentos antes de começar a ser treinado pela Anbu Raíz. Foi nessa época que ele não conseguiu concluir seu conto desenhado no livrinho, por não ter mais a presença de seu irmão. Mas sua “alma” estava alí, em fragmentos, mas ainda existente, em forma dos seus rabiscos.
Então Sai foi treinado, e se tornou o personagem engraçado que nós conhecemos logo que apareceu. Era eficiente em batalha, e engraçado ao se relacionar. Mas quando o conhecemos ele já estava secretamente tentando reaver seus sentimentos, pelo seu subconsciente, pois ele ainda mantinha seu caderninho de desenhos, e tentava estudar o comportamento das pessoas. Sai tem plena capacidade para atuar em uma missão ninja sem precisar se relacionar tão bem com os seus companheiros. Claro, isso até entrar no time sete, o time que mais valoriza companheirismo. E não confundam trabalho em equipe com companheirismo. Supostamente o time que possui maior trabalho em equipe é o de Shikamaru, muito sincronizado, mas o time mais companheiro, pela filosofia que Kakashi impõe, é o time sete.
Sob influências desse time, Sai vai recobrando bem vagarosamente as suas noções de sentimento. Mas como uma pessoa não é facilmente concertável, obviamente ele jamais voltaria ao estado em que estava antes do treinamento da Anbu Raíz. Sai, na verdade, atingiu outro patamar. Ele adquiriu conhecimentos suficientes sobre relacionamento interpessoal sentimentos humanos, para conseguir observar, analizar e descobrir coisas sobre as pessoas. No atual estado em que está ele não consegue ainda desvendar segredos sobre essas pessoas, todas as conclusões à que chega são conclusões que qualquer um chegaria se observasse um pouco.
Mas aí entra o diferencial dele. Embora ele consiga entender os sentimentos das pessoas ele ainda não tem nenhum senso de ética, ou vergonha, ou temor em esconder aquilo que descobriu. Nem sequer tem capacidade ainda pra pensar nas consequências das coisas que fala. Foi por isso que ele jogou na cara da Sakura que ela estava errada, e tentou convencer o Naruto, antes disso, a esquecer o Sasuke. É por isso que ele não tem o menor medo de dizer ao Naruto qual é o verdadeiro plano da Sakura. Por um lado essa característica dele pode ser muito negativa. Por não conseguir se controlar nem um pouco, já que não acha necessário, ele pode acabar soltando algo que tenha influências muito negativas na vida das pessoas, mas por outro lado também tem a chance de revelar coisas que precisam ser reveladas, dizer coisas que precisam ser ditas. Não pensando nas consequências ele tem muito à perder com isso, mas ele nem sabe!
Penso eu, será que ele vai se aprofundar ainda mais nos sentimentos das pessoas até chegar num ponto em que consiga ser o “psicólogo perfeito”? Ele já é um observador externo muito bom! xD